Já existe no Brasil uma vacina que ajuda a reduzir a
incidência do herpes-zóster e a atenuar a gravidade do quadro clínico, caso se
manifeste.
O que é o herpes-zóster?
Um tipo de infecção causada pelo mesmo vírus da catapora
na infância, o varicela-zóster, que fica adormecido, alojado na coluna. Ele
causa bolhinhas ou vesículas de água na pele, que aparecem em áreas que os médicos
chamam de dermátomos, ou seja, por onde passam os nervos. Após os 50 anos, o
vírus pode ser reativado pela queda natural da imunidade no organismo. Essa
condição é chamada de imunossenescência.
Quais são os sintomas?
Uma dor aguda e debilitante, bolhas e, depois que elas
estouram, as feridas. Esses são os primeiros sintomas. Há pacientes que relatam
ainda coceira, formigamento e queimação.
Qual é o tratamento?
É feito a partir de remédios antiviriais, analgésicos,
anti-inflamatórios e anticonvulsivantes,
que reduzem as complicações.
É possível prevenir o aparecimento do herpes-zóster?
Sim. Existe uma vacina, que ajuda também a prevenir uma
complicação chamada neuralgia pós-herpética. Depois que a doença é tratada, o
paciente pode ficar com dor no nervo, que dura meses ou anos.
Esta vacina foi aprovada nos Estados Unidos em 2006. No
Brasil, ela chegou no início de 2014 e está sendo bastante difundida.
Infelizmente, ela ainda não é encontrada no SUS. Por enquanto, só está
disponível em clínicas particulares, sendo o preço um fator limitante para nós
brasileiros. Hoje, uma dose custa em torno de R$ 400,00.
Qual é a indicação?
A vacina é indicada para adultos acima de 50 anos,
contudo sabe-se que a resposta é ainda mais eficaz quando tomada entre 60 e 69
anos. A aplicação é no braço, por via subcutânea, em dose única. Por enquanto,
ainda não há dados sobre a necessidade de reforço.
O que dizem os estudos sobre a eficácia desta vacina?
Os estudos internacionais mostram uma redução da
gravidade da doença e da duração do tempo da dor. Eles mostram também redução
no aparecimento do herpes-zóster em aproximadamente 50% dos pacientes e
diminuição da neuralgia pós-herpética em 70%. É bastante.
Quem não pode?
Esta é uma vacina de vírus vivo atenuado, ao contrário da
vacina da gripe, que é de vírus morto. Ele entra no nosso organismo e produz
anticorpos contra a doença. Pessoas que têm alergia ou hipersensibilidade à
gelatina ou à neomicina, utilizadas como veículos, não podem tomá-la. Além
dessas, pacientes que estão com febre na vigência da vacinação, que tenham
imunidade baixa, que estão fazendo quimioterapia, que tenham leucemia, linfoma,
doenças imunossupressoras como o HIV e tuberculose ativa. Por fim, as grávidas
não podem tomar de jeito nenhum por risco de malformação fetal.
Fonte: http://www.senhorasesenhores.com/vacina-contra-herpes-zoster-esta-disponivel-brasil/08
Nov 2014 por Carla Dórea Bartz
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