Fonte: http://veja.abril.com.br/saude/5-marcas-de-protetor-solar-nao-passam-em-teste-de-qualidade
Em teste de qualidade realizado pela Proteste, cinco
marcas de protetor solar para o rosto (Sundown, L’Oreal, ROC, Sunmax e La Roche
Posay) apresentaram fator de proteção inferior ao indicado na embalagem. O
protetor da L’Oreal foi considerado ruim por apresentar 26% do FPS rotulado ao
invés dos 33% exigidos para UVA.
A metodologia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) permite uma variação de até 17% em relação ao que é informado na
embalagem e a formulação do produto, mas nessas cinco marcas, a diferença de
percentual foi superior à permitida. Desde
2012 a legislação brasileira determina que, nos filtros solares, a proteção UVA
deve ser um terço do FPS. Ou seja: um protetor com FPS 60 precisa ter proteção
UVA igual a 20, no mínimo.
Os raios UVA atingem as camadas mais profundas da pele e
são os principais responsáveis pelo envelhecimento precoce, bronzeamento, além
de também contribuírem para o câncer de pele. Já o FPS avalia a capacidade de
os produtos filtrarem a radiação do tipo UVB, que atinge a camada mais
superficial da pele, podendo causar vermelhidão, queimaduras e câncer de pele.
O valor de FPS consiste na razão entre o tempo de
exposição à radiação ultravioleta necessário para produzir vermelhidão na pele
protegida pelo protetor solar e o tempo, para o mesmo efeito, com a pele
desprotegida. Quando se usa um filtro solar com FPS 30, por exemplo, a mesma
pele leva 30 vezes mais tempo para ficar vermelha. Por isso, saber o exato
fator de proteção é fundamental, pois indica o quanto se está protegido contra
essa radiação.
O consumidor é duplamente prejudicado com essas
alterações, pois além de pagar um preço mais caro por uma proteção que não é
oferecida – o valor do produto é proporcional ao Fator de Proteção Solar, ou
seja, quanto mais alto o FPS, mais caro -, ele está menos protegido dos efeitos
nocivos dos raios solares.
A L’Oréal refuta, de forma absoluta, os resultados
apresentados pela Proteste e desconhece os critérios utilizados na realização
dos testes em protetores solares conduzidos por esta entidade. O Grupo e suas
marcas La Roche-Posay e L’Oréal Paris não foram informados sobre o laboratório
no qual foram feitos esses testes, tampouco as condições e os resultados
detalhados dos mesmos.
Essa foi a quarta vez que a Proteste testou protetores
solares. Embora agora tenha sido analisada a versão para o rosto, os resultados
mostraram que o problema de discrepância entre o indicado nos rótulos e a real
proteção oferecida persiste. Diante disso, a organização solicitou uma
fiscalização mais adequada dos produtos, pediu as fabricantes dos produtos que
não passaram no teste que corrijam a informação nos rótulos e que a Secretaria
Nacional do Consumidor (Senacon) obrigue os fabricantes a fazer um recall
desses protetores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário