No momento do parto,
a mãe e o bebê devem receber o atendimento adequado, amparados por uma equipe
médica formada por um obstetra, um anestesista e um pediatra.
O pediatra dará os
primeiros cuidados ao recém-nascido, intervindo nas situações emergenciais e
garantindo um nascimento sem complicações para o bebê. Para isso, ele deverá
estar informado sobre a saúde da mãe, a evolução da gravidez e suas possíveis
complicações.
Existem algumas
providências que os pais podem tomar para que o nascimento transcorra da melhor
maneira possível. Veja quais são:
• comparecer a todas
as consultas do pré-natal;
• procurar conhecer o
pediatra ou neonatologista que participará do parto, fazendo uma consulta
durante o pré-natal. A empatia com os profissionais que participarão do
nascimento de seu filho pode lhe trazer maior confiança e tranquilidade no
parto;
• caso não seja
possível conhecer o pediatra que participará do parto, procure se informar se a
maternidade escolhida conta com um pediatra treinado pela Sociedade Brasileira
de Pediatria (SBP);
• em caso de partos
múltiplos (gêmeos, trigêmeos, etc.), deverá haver um pediatra para atender cada
bebê e um equipamento completo disponível para cada um deles.
Qual o atendimento
que o pediatra dá ao bebê recém-nascido?
Durante a gravidez, o
bebê é alimentado através dos vasos sanguíneos da placenta, que tem como função
nutrir e promover a troca gasosa, enviando oxigênio para o feto e eliminando
gás carbônico. Nessa fase, o pulmão do feto ainda está cheio de líquido e o
coração também tem funcionamento bastante restrito.
Com o nascimento, o
ar entra com intensidade nos pulmões, por meio do choro, expulsando o líquido
que havia no seu interior e substituindo-o pelo oxigênio. Assim, inicia-se a
troca gasosa nos pulmões. Os vasos pulmonares são dilatados e direcionam o
sangue para o lado esquerdo do coração. O nascimento ocasiona o funcionamento do
pulmão do bebê de forma independente de sua mãe. Por se tratar de um fenômeno
complexo e que exige uma série de ajustes no organismo do bebê, o nascimento
deve ser acompanhado pelo pediatra que avalie se ele está se comportando da
forma esperada ou se é necessário intervir para auxiliá-lo nesses momentos
iniciais e decisivos para a sua saúde.
Os primeiros cuidados
ao recém-nascido
Imediatamente após o
nascimento, o pediatra avalia com atenção o estado do bebê: se ele não é
prematuro; se o líquido amniótico é claro, isto é, sem mecônio; se a respiração
é regular, e se os braços e as pernas estão flexionados. Se isto acontecer, o
nascimento ocorreu de forma ideal, sem complicações! Nesta situação não existe
necessidade de intervenção e o bebê deve ser levado para junto da mãe.
Caso o bebê seja
prematuro, ou apresente líquido amniótico meconial, ou não chore, ou mesmo na
ausência de flexão dos membros, o pediatra deverá tomar algumas medidas como:
• prover calor ao
recém-nascido;
• possibilitar que o
bebê respire com facilidade, mantendo as vias aéreas desobstruídas;
• secar todo o corpo
com compressas, dando ênfase à cabeça;
• reposicionar a
cabeça para avaliar as funções vitais.
Naquelas situações
emergenciais, o pediatra inicia uma sequência de procedimentos cada vez mais
complexos, até que o recém-nascido apresente as funções vitais (respiração e
frequência cardíaca) de acordo com os padrões esperados. Assim, o objetivo
principal do atendimento pediátrico na sala de parto é atuar para que o bebê
respire espontaneamente e tenha frequência cardíaca normal.
A avaliação da
condição do bebê é feita pelo pediatra ou neonatologista, analisando alguns
fatores como respiração, frequência cardíaca e tônus muscular. O teste é
chamado de “Apgar” em homenagem à médica Virginia Apgar, criadora do índice.
O teste de Apgar é
feito no primeiro e no quinto minuto após o nascimento, para verificar como o
bebê está respondendo à vida fora do útero.
Tomados esses
primeiros cuidados, inicia-se outra etapa extremamente importante: o contato
entre os pais e o filho recém-nascido. A mãe finalmente receberá seu bebê no
colo e pode iniciar a amamentação. Esse ato, sem dúvida, vai fortalecer o
vínculo entre a mãe e seu filho. O pai também pode participar da amamentação,
dando apoio, segurança e carinho à mãe.
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