Teste de sangue e de urina levam a diversos diagnósticos,
que variam conforme a faixa etária e o sexo do paciente
Ureia e creatinina
Esses exames avaliam a função dos rins – com seus
valores, o médico consegue calcular o volume de sangue filtrado pelos rins por
minuto. Valores de ureia e creatinina acima do considerado normal indicam que
os rins estão filtrando menos sangue; já valores de taxa de filtração
inferiores a 60 ml/minuto apontam para insuficiência renal.
Esse é um dos exames que mais requer interpretação do
médico, pois o mesmo valor de creatinina pode ser normal para uma pessoa ou
significar insuficiência renal para outra.
Glicose
É através da dosagem de glicose que se obtém o
diagnóstico e o controle do tratamento do diabetes mellitus – porém, para
resultados corretos, é preciso fazer jejum de no mínimo 8 horas antes do exame.
Valores de referência: menor que 100 mg/dl são normais; entre 100 e 125 mg/dl
são considerados pré-diabetes; acima de 126 mg/dl são compatíveis com diabetes.
TGO e TGP
As siglas designam enzimas responsáveis por metabolizar
algumas proteínas. Elas estão presentes no interior de células do nosso
organismo e apresentam-se em grande quantidade nas células do fígado. Vale
lembrar que o fígado é como uma “estação de tratamento” do corpo, pois é o
órgão que metaboliza todas as substâncias presentes no sangue. Quando uma
célula que contém TGO ou TGP é lesionada, essas enzimas vão para o sangue. Por
isso, doenças do fígado podem ser diagnosticadas através da dosagem de TGO e
TGP no sangue. Entre as enfermidades que mais causam elevação dos valores de
TGO e TGP estão a cirrose, hepatites virais e hepatite medicamentosa.
TSH
O TSH é o hormônio estimulante da tireoide, produzido na
hipófise. É o TSH que regula a produção do T3 e T4, dois hormônios sintetizados
pela tireoide. Em resumo, quando a tireoide produz T3 e T4 em excesso
(hipertireoidismo), nosso metabolismo acelera; quando produz pouco
(hipotireoidismo), o metabolismo fica lento. O funcionamento adequado da tireoide
está diretamente ligado à produção de TSH pela hipófise.
Vitamina D
Através deste exame é possível diagnosticar osteoporose
(diminuição progressiva da densidade óssea), uma vez que a vitamina D age na
metabolização do cálcio presente no sangue. A vitamina D é armazenada pelo
organismo na forma de calcidiol, e é o calcidiol que é dosado para descobrir se
o paciente tem quantidade adequada de vitamina D no organismo.
Hemácias (glóbulos vermelhos)
O teste é usado para diagnosticar anemia, caracterizada
justamente pela redução do número de células vermelhas. Para fazer o
diagnóstico, os médicos levam em conta, principalmente, os valores do
hematócrito (porcentual de sangue ocupado pelas hemácias; o restante é água e
outras substâncias diluídas) e da hemoglobina (molécula que fica dentro da
hemácia responsável pelo transporte de oxigênio).
Leucócitos (glóbulos
brancos)
Os glóbulos brancos são as células de defesa do
organismo. Quando estão altos, geralmente indicam uma resposta do organismo a
uma infecção – por exemplo, uma pessoa com pneumonia deve apresentar número de
leucócitos acima dos valores de referência. Grandes elevações podem ser sinal
de leucemia. Mas se o número de leucócitos está abaixo dos valores normais,
significa que a imunidade está baixa e o paciente está mais suscetível a
infecções.
Plaquetas
A coagulação do sangue se deve às plaquetas. Assim,
índices alterados tornam o paciente mais propenso a sangramentos (plaquetas
muito baixas) ou a formação de trombos (plaquetas muito elevadas). Testar as
plaquetas é fundamental antes de cirurgias ou quaisquer procedimentos que
provoquem sangramentos.
Fonte: Agencia RBS
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