A violência ou abuso
sexual ocorre através do uso da criança ou do adolescente para qualquer tipo de
gratificação sexual de pessoa com maturidade física e psicossexual mais
adiantada. Manifesta-se por meio de carícias, manipulação de genitália, mama ou
ânus, voyeurismo, pornografia, exibicionismo ou mesmo pelo ato sexual completo,
com penetração anal ou vaginal.
A violência sexual na
infância e na adolescência apresenta-se principalmente de três
formas: o abuso sexual como forma de violência doméstica, caracterizando o
incesto; a violência sexual e o estupro extradomiciliar e a exploração sexual
comercial. Nessas três modalidades, o Código Penal Brasileiro contempla o tipo
estupro de vulnerável, seja pela conjunção carnal ou prática de atos
libidinosos com menor de 14 anos, sem distinção de gênero para a vítima ou
agressor (Lei 12015/2009).
Na exploração sexual
comercial, as meninas são as mais atingidas, embora os meninos também sejam
vítimas da mesma violência, sendo negociados e tratados como mercadoria, para
remuneração de terceiros (familiares da vítima ou agenciadores estranhos ao
núcleo familiar).
Deve-se suspeitar de
abuso sexual quando a criança ou o adolescente apresentar, além dos sinais
gerais de sofrimento intenso, alguns específicos de violência psicológica e os
seguintes:
- indiretos: atitudes
sexuais inapropriadas para a idade, sinais de erotização precoce, masturbação
compulsiva, distúrbios de comportamento;
- diretos: inchaço ou
lesões em área genital, lesões de palato (sexo oral), sangramento vaginal em
crianças, hematomas, sangramento ou fissuras anais sem outra justificativa,
rompimento do hímen, dilatação ou frouxidão de esfíncter anal;
- inquestionáveis:
doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), aborto, gravidez.
O que é importante
saber sobre a pedofilia
É uma forma de
exteriorização pervertida da sexualidade humana, em que as características da
infância constituem atração sexual para homem ou mulher com maturidade
psicossexual mais adiantada que sua vítima. Essa atração compulsiva e
incoercível leva o pedófilo à busca constante de situações que os coloquem em
contato direto com crianças ou adolescentes, para transformá-los em seus
objetos de gratificação sexual.
A pornografia
infantil alimenta verdadeiros “clubes de pedofilia”, realizados, muitas vezes,
pela internet, com símbolos próprios de identificação dos adeptos desta
perversão sexual, que servem para associar pedófilos pelo mundo, num comércio
dos produtos ou mesmo como meio de contratar serviços dos exploradores sexuais
de crianças e adolescentes. É caminho também para o turismo sexual e tráfico de
crianças e adolescentes para práticas de abuso sexual.
Medidas preventivas a
serem adotadas pelos pais:
- evitar situações de
contato isolado ou extrema dependência de crianças e de adolescentes com
adultos, de ambos os sexos, não bastante conhecidos ou do qual não se tem
certeza da idoneidade de seus antecedentes;
- investigar e se
assegurar das origens de ofertas de trabalhos temporários, sem registro ou
documentação adequada da firma empregadora, bem como das ocupações pretendidas;
- saber e
supervisionar sempre as companhias e locais frequentados pelos filhos,
especialmente nesta época dos jogos, onde podem ser aliciados para o sexo;
- suspeitar e
supervisionar sempre que alguém passa a ser muito próximo de uma criança em
particular, demonstrando interesse/afetividade exagerada, como tirando fotos ou
filmando, sem uma razão lógica ou demonstrando ciúme, desejo de posse ou,
simplesmente tentando criar situações de intimidade;
- avaliar sempre o
histórico anterior daqueles aos quais se confia a guarda, mesmo que temporária,
dos filhos, mesmo que com promessas de passeios e entradas em jogos;
- investigar a
procedência e as justificativas de objetos ou valores trazidos pela criança,
desconfiando sempre das intenções destes presentes quando vêm de uma mesma
pessoa ou de relacionados a ela.
- acompanhar sempre
as crianças e adolescentes nos jogos e promoções relacionados à Copa, bem como
a qualquer convite de festas ou comemorações feitos por pessoas desconhecidas.
Fonte: http://www.conversandocomopediatra.com.br
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