1 de ago. de 2016

PORQUE PEDIATRAS PROIBEM O ANDADOR?



A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) estima que o acessório, apesar das recomendações dos médicos, ainda é usado por cerca de 60 a 90% dos bebês entre seis e 15 meses de idade. E os riscos são inúmeros: queimaduras (pela proximidade com tomadas e panelas), intoxicações, afogamentos e, principalmente, quedas. Além de atrasar o desenvolvimento motor dos bebês.

Estudos mostram que 70% das crianças que sofreram traumatismos com andadores estavam sob a supervisão de um adulto. Outro fator que facilita os acidentes é o fato do peso da cabeça da criança ser desproporcional ao resto do corpo. Ela pende para frente com facilidade, postura que é potencializada pelo andador.

Além disso, o uso do aparelho pode atrasar o desenvolvimento psicomotor da criança, fazendo com que ela leve mais tempo para ficar de pé e caminhar sem apoio. Isso sem falar que ele encurta uma etapa importante, o engatinhar. Outro prejuízo diz respeito a atividade física: embora ganhe mais mobilidade, a criança gasta menos energia para alcançar o que lhe interessa. “Todos os seres humanos aprendem a caminhar sem andador”, diz Nei Botter Montenegro, ortopedista e traumatologista do Hospital Albert Einstein, de São Paulo. “Por isso, além de ser perigoso, ele não traz nenhuma contribuição ao desenvolvimento da criança.”
Ainda assim, o produto é facilmente encontrado nas lojas. Em alguns países, como o Canadá, a comercialização do andador é proibida. No Brasil, infelizmente, não há legislação que proteja a criança nesse caso.

Pedimos aos pais que sejam responsáveis e não usem andadores para seus bebês.

Nenhum comentário:

Postar um comentário