A Sociedade
Brasileira de Pediatria (SBP) estima que o acessório, apesar das recomendações
dos médicos, ainda é usado por cerca de 60 a 90% dos bebês entre seis e 15
meses de idade. E os riscos são inúmeros: queimaduras (pela proximidade com
tomadas e panelas), intoxicações, afogamentos e, principalmente, quedas. Além
de atrasar o desenvolvimento motor dos bebês.
Estudos mostram que
70% das crianças que sofreram traumatismos com andadores estavam sob a
supervisão de um adulto. Outro fator que facilita os acidentes é o fato do peso
da cabeça da criança ser desproporcional ao resto do corpo. Ela pende para
frente com facilidade, postura que é potencializada pelo andador.
Além disso, o uso do
aparelho pode atrasar o desenvolvimento psicomotor da criança, fazendo com que
ela leve mais tempo para ficar de pé e caminhar sem apoio. Isso sem falar que
ele encurta uma etapa importante, o engatinhar. Outro prejuízo diz respeito a
atividade física: embora ganhe mais mobilidade, a criança gasta menos energia
para alcançar o que lhe interessa. “Todos os seres humanos aprendem a caminhar
sem andador”, diz Nei Botter Montenegro, ortopedista e traumatologista do
Hospital Albert Einstein, de São Paulo. “Por isso, além de ser perigoso, ele
não traz nenhuma contribuição ao desenvolvimento da criança.”
Ainda assim, o
produto é facilmente encontrado nas lojas. Em alguns países, como o Canadá, a
comercialização do andador é proibida. No Brasil, infelizmente, não há
legislação que proteja a criança nesse caso.
Pedimos aos pais que
sejam responsáveis e não usem andadores para seus bebês.
Nenhum comentário:
Postar um comentário