9 de jan. de 2017

ATENDIMENTO PEDIÁTRICO NA SALA DE PARTO

No momento do parto, a mãe e o bebê devem receber o atendimento adequado, amparados por uma equipe médica formada por um obstetra, um anestesista e um pediatra.
O pediatra dará os primeiros cuidados ao recém-nascido, intervindo nas situações emergenciais e garantindo um nascimento sem complicações para o bebê. Para isso, ele deverá estar informado sobre a saúde da mãe, a evolução da gravidez e suas possíveis complicações.

Existem algumas providências que os pais podem tomar para que o nascimento transcorra da melhor maneira possível. Veja quais são:
• comparecer a todas as consultas do pré-natal;
• procurar conhecer o pediatra ou neonatologista que participará do parto, fazendo uma consulta durante o pré-natal. A empatia com os profissionais que participarão do nascimento de seu filho pode lhe trazer maior confiança e tranquilidade no parto;
• caso não seja possível conhecer o pediatra que participará do parto, procure se informar se a maternidade escolhida conta com um pediatra treinado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP);
• em caso de partos múltiplos (gêmeos, trigêmeos, etc.), deverá haver um pediatra para atender cada bebê e um equipamento completo disponível para cada um deles. 

Qual o atendimento que o pediatra dá ao bebê recém-nascido?
Durante a gravidez, o bebê é alimentado através dos vasos sanguíneos da placenta, que tem como função nutrir e promover a troca gasosa, enviando oxigênio para o feto e eliminando gás carbônico. Nessa fase, o pulmão do feto ainda está cheio de líquido e o coração também tem funcionamento bastante restrito.
Com o nascimento, o ar entra com intensidade nos pulmões, por meio do choro, expulsando o líquido que havia no seu interior e substituindo-o pelo oxigênio. Assim, inicia-se a troca gasosa nos pulmões. Os vasos pulmonares são dilatados e direcionam o sangue para o lado esquerdo do coração. O nascimento ocasiona o funcionamento do pulmão do bebê de forma independente de sua mãe. Por se tratar de um fenômeno complexo e que exige uma série de ajustes no organismo do bebê, o nascimento deve ser acompanhado pelo pediatra que avalie se ele está se comportando da forma esperada ou se é necessário intervir para auxiliá-lo nesses momentos iniciais e decisivos para a sua saúde.

Os primeiros cuidados ao recém-nascido
Imediatamente após o nascimento, o pediatra avalia com atenção o estado do bebê: se ele não é prematuro; se o líquido amniótico é claro, isto é, sem mecônio; se a respiração é regular, e se os braços e as pernas estão flexionados. Se isto acontecer, o nascimento ocorreu de forma ideal, sem complicações! Nesta situação não existe necessidade de intervenção e o bebê deve ser levado para junto da mãe.
Caso o bebê seja prematuro, ou apresente líquido amniótico meconial, ou não chore, ou mesmo na ausência de flexão dos membros, o pediatra deverá tomar algumas medidas como:
• prover calor ao recém-nascido;
• possibilitar que o bebê respire com facilidade, mantendo as vias aéreas desobstruídas;
• secar todo o corpo com compressas, dando ênfase à cabeça;
• reposicionar a cabeça para avaliar as funções vitais.

Naquelas situações emergenciais, o pediatra inicia uma sequência de procedimentos cada vez mais complexos, até que o recém-nascido apresente as funções vitais (respiração e frequência cardíaca) de acordo com os padrões esperados. Assim, o objetivo principal do atendimento pediátrico na sala de parto é atuar para que o bebê respire espontaneamente e tenha frequência cardíaca normal.
A avaliação da condição do bebê é feita pelo pediatra ou neonatologista, analisando alguns fatores como respiração, frequência cardíaca e tônus muscular. O teste é chamado de “Apgar” em homenagem à médica Virginia Apgar, criadora do índice.
O teste de Apgar é feito no primeiro e no quinto minuto após o nascimento, para verificar como o bebê está respondendo à vida fora do útero.
Tomados esses primeiros cuidados, inicia-se outra etapa extremamente importante: o contato entre os pais e o filho recém-nascido. A mãe finalmente receberá seu bebê no colo e pode iniciar a amamentação. Esse ato, sem dúvida, vai fortalecer o vínculo entre a mãe e seu filho. O pai também pode participar da amamentação, dando apoio, segurança e carinho à mãe.


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